De olho na reabilitação para manter a liderança da Liga de Basquete Feminino, o Corinthians/Americana vai ter um adversário extra para os jogos contra Presidente Venceslau, a partir desta quinta-feira, no retorno da competição: o abatimento provocado pelas polêmicas envolvendo o colegiado liderado pelo presidente do clube, Ricardo Molina, e a Confederação Brasileira de Basquete(CBB). A queda de braço refletiu diretamente na preparação da equipe, uma vez que culminou com a saída da pivô Clarissa.
Quando entrar em quadra depois de mais de um mês, o grupo comandado por Antônio Carlos Vendramini vai precisar deixar de lado os recentes episódios que esquentaram os bastidores do basquete feminino e superar a ausência de uma das suas principais jogadores, dispensada por quebra de contrato por ir contra ao boicote dos clubes e servir a seleção brasileira no evento-teste do Rio-2016, neste início de ano. A situação mexe com os ânimos das atletas a ponto de Vendramini admitir que a parte psicológica ficou comprometida diante dos últimos fatos.
- Mentalmente a equipe não está bem por tudo o que aconteceu recentemente. Então, o momento é de superação. Estamos todos brigando e lutando para superar esse difícil momento. O grupo todo sentiu a saída da Clarissa, ficou abatido. Vamos tentar reanimá-las. Procuramos deixar as jogadores fora disso tudo, mas foi complicado - afirmou o comandante, que preferiu evitar críticas à postura de Clarissa.
- Ainda não foi me passado nada sobre dispensa, mas a partir do momento em que fui comunicado que ela se apresentou à seleção, não conto com ela. Prefiro focar mais nas jogadoras que estão aqui. Obviamente que todos tinham um carinho pela Clarissa, que é uma menina dócil, mas talvez seja mal orientada. É uma menina espetacular, e uma jogadora de muita capacidade.
Outro problema que bate à porta de Vendramini é a intimação para Gilmara e Joice prestarem esclarecimentos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Basquete sobre a recusa da convocação à seleção para o evento-teste. As duas, ao contrário de Clarissa, seguiram a recomendação do clube e pediram dispensa da convocação. O depoimento está marcado para as 13h desta quinta, no Rio de Janeiro, enquanto a bola sobe às 20h no Ginásio do Centro Cívico. A diretoria do Corinthians/Americana espera conseguir uma liberação, por meio judicial, para utilizá-las contra o Presidente Venceslau. Elas estão relacionadas para a partida.
Em meio às dificuldades, Vendramini tem um alento. Trata-se do retorno de Damiris. Após um longo período ausente devido a uma lesão na canela, a pivô volta a ficar à disposição do treinador. Ainda assim, ele ainda não está 100% e não atuará o tempo todo.
O apoio da torcida é outro trunfo do Corinthians/Americana para superar os problemas e voltar a vencer. Na despedida de 2015, o time perdeu por 90 a 57 para Sampaio Corrêa. Foi a única derrota em seis jogos até aqui no torneio, com 83% de aproveitamento. O América-PE tem campanha idêntica e divide a primeira colocação com as paulistas.
- Sabemos que do outro lado tem um adversário complicado, que se reforçou bem. Essa é a LBF, não tem jogo fácil. Contamos com o apoio da nossa torcida para buscar mais um grande resultado e seguir entre os líderes - encerrou Vendramini.
Depois de quinta, Corinthians/Americana e Presidente Venceslau voltam a se enfrentar na sexta-feira, também no Centro Cívico e também às 20h.
Fonte: Globo Esporte
Fotos: Divulgação e Carlos Velardi/EPTV Campinas
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